Depois que minha filha nasceu, pude compreender melhor alguns comportamentos básicos de nossa espécie. Foi observando as ações da Alice que descobri o quanto a curiosidade é nata do ser humano. Durante seu desenvolvimento, tenho acompanhado as diferentes fases do descobrimento ou melhor, da necessidade de descobrir do mundo ao qual ela faz parte.
Observando Alice pude compreender que essa força que parece ter vida própria dentro de mim é apenas a curiosidade que sempre esteve presente – e que tal força faz parte da nossa espécie.
Essa força move tanto eu quanto Alice (e os demais), faz com que nos aventuremos para alimentar nosso intelecto.

Neste momento amigos estão sobre um árvore espiando um ninho de Arpia, dentro de um pequeno inflável coletando DNA de baleia, alguns escalando ou caminhando além das fronteira e Alice aqui descobrindo ate onde pode e dever ir nas águas do Rio Negro.
Como um curioso nato, sempre incentivei a curiosidade e creio que inconscientemente busquei fazer isso em meu trabalho da mesma forma que busco alimentar isso em minha filha.

Mas, com a Alice, eu tenho a oportunidade de colocá-la a par dos riscos, bem como deixar claro que certas ações só podem ser feitas com uma segunda pessoa dando segurança. E por muitas vezes, sem que ela perceba, vou eliminando os fatores de risco e assim deixando que ela se aventure e ao mesmo tempo crie auto-confiança.
Sei que muitos que navegam por esta pagina já estão acostumados a enfrentar e eliminar fatores de risco em suas aventuras ou até mesmo no dia-a-dia. Mas creio que não sou o único a perceber que o número de pessoas que se aventuram sem ter consciência dos riscos é cada vez maior.

Eu, por estar em uma região “remota” do Brasil, onde celulares não costumam funcionar nem mesmo na capital (Manaus) e que em um dia normal posso estar em uma região de floresta 500 km distante da cidade mais próxima, fazem com que me cerque de equipamentos que me possibilitem enfrentar situações de emergência em ambientes adversos, bem como eventuais pedido de socorro e resgate.
Pensando nisso, alguns anos antes de me mudar para o norte do país, me lembrei de um equipamento usado por um piloto de helicóptero, com quem voei sobre o Atlântico Norte, que emitia um sinal de rádio em uma freqüência de emergência (radio Beacon +(http://en.wikipedia.org/wiki/Beacon)). Então iniciei uma busca na internet e logo descobri oSPOT Satellite Messenger, um rastreador pessoal via satélite.
Spot é um equipamento que possibilita outras vantagens sobre os rádios Beacon, pois ele envia três diferentes tipos de sinais (dois de socorro e um de OK) e um sinal de TRACK, para acompanhar o deslocamento do usuário em uma página da Spot na internet.

Os sinais de Ok e Help podem ser enviados para uma lista de e-mail ou sms previamente cadastrados. Essas mensagens chegam com a localização exata do usuário com as coordenadas geográficas e também um link de visualização no Google Maps. Um terceiro alerta pode ser enviado acionando o botão “911”, que manda um sinal diretamente para Centro de Atendimento de Emergência que informa tanto as autoridades (polícia e defesa civil) bem como os seus contatos cadastrados.
Outra novidade é que recentemente a Spot lançou o site www.spotadventures.com, onde o usuário pode criar um perfil+ (http://www.spotadventures.com/user/profile?user_id=46176), e lá compartilhar sua aventuras, trabalhos de campo ou até mesmo simples deslocamentos, com fotos georeferenciadas.
Logo mais volto com outras dicas de equipamentos que venho utilizando para minha segurança no trabalho.