No projeto do Micro ao Macro desenvolvido com a escola Tabladinho, chegamos ao mês de Novembro ao módulo “Cidade-País” e a aula sobre a Mata Atlântica e história da nossa cidade foi na MATA é claro!
Saindo da escola e em apenas 5 minutos já estávamos na entrada da trilha para a Cachoeira da Grutinha, prontos para aprender mais sobre a Mata Atlântica e sobre os sapos desse Bioma.
Com a ajuda do mateiro biólogo Pablo Goyannes que sabe tudo de sapos, começamos uma tarde de muita aventura e descoberta.
Durante a trilha da cachoeira da Grutinha encontramos no nosso caminho 3 espécies de anfíbios anuros da Mata Atlântica, Ischnocnema guentheri, o Hylodes nasus e a Phyllomedusa rohdei. Estas espécies são endêmicas desse bioma, ou seja, só ocorrem nele e em mais nenhum outro lugar do planeta Terra.
O H.nasus é uma espécie de hábitos diurnos bastante associados aos riachos. São bastante ligeiras e por isso muitas vezes passamos pelos riachos e nem conseguimos vê-las, entretanto muitas vezes conseguimos ouvi-las.
A P. rohdei é uma espécie de perereca de tamanho médio que pode passar de verde a castanho quando anoitece. Costuma ficar em arbustos nas margens de riachos onde, com as folhas do arbusto, constrói ninhos para seus girinos. Locomove-se mais por marchas do que por saltos.
A I. guentheri é uma espécie de hábitos diurnos que vive no chão da mata, entre a serapilheira, onde deposita seus ovos.
A conservação dos anfíbios é de extrema importância para a manutenção da biodiversidade do Bioma, pois apresentam uma posição importante na teia alimentar. São predadores de artrópodes e de pequenos vertebrados ao mesmo tempo em que são presas importantes para a alimentação de mamíferos, répteis, aves e até de outros anfíbios. É um dos grupos de seres vivos mais afetados por alterações ambientais, como o desmatamento.
Foi uma aula muito divertida e educativa, ficamos amigos dos sapos e conhecemos diversas árvores nativas e exóticas durante todo o percurso.