O esporte de aventura, ou esportes radicais, são práticas esportivas que muitas vezes provocam certo receio ou até medo na maior parte das pessoas. Isso muitas vezes acontece por ser praticado em meio à natureza, por desafiar os limites do praticante ou ainda por imagens fortes vistas em meios de comunicação, onde atletas atingem o ápice de seu desempenho.
Muitos não sabem, mas os esportes de aventura estão muito mais presentes em nossas vidas do que percebemos. Podemos definir que toda prática esportiva em meio à natureza, que libere de alguma forma adrenalina, é considerada esporte de aventura. Portanto, pedaladas, caminhadas, mergulhos, entre outros, são modalidades deste esporte. A intensidade com que se pratica estes esportes é que vai definir em que nível cada um se encaixa.
Para estas atividades são necessários, além de valências motoras e aspectos intelectuais, um planejamento estratégico, sejaem uma corrida de orientação, pista de arborismo, trilhas, entre outros. Deste modo inserindo a cooperação de todos nas atividades e construindo o conhecimento junto aospraticantes com possibilidade de integração com outras áreas do conhecimento de forma multidisciplinar.
Visto isso, as escolas estão sempre buscando possibilidades para proporcionar um desenvolvimento sólido e continuo dos alunos. Na educação física os problemas são ampliados pelo fato da exposição, geralmente, em período de transformações corporais. Então a Equipe Kaapora de Ivoti/RS vem organizando diversos eventos vinculados as atividades de aventura com crianças, adolescentes e adultos da região do Vale dos Sinos.
Buscando apresentar novas possibilidades para a educaçãoe fatores multidisciplinares, neste contexto, mostrando alternativas para as práticas educacionais, aproximando o aluno da natureza e a partir deste movimento conscientizando-os da importância da relação harmoniosa entre o ser humano e o meio-ambiente, incluindo neste aspecto as relações entre as pessoas, criando um olhar ampliado sobre meio ambiente.
Ainda asatividades de aventurasão vistas muitas vezes como perigosas, com elevados preços de equipamentos e pouco conhecimento técnico de pessoas que se interessam em realizar este tipo de atividades.
Estes eventos geralmente não tem um cunho competitivo, segundo Schwartz (2006) os aspectos de competitividade são facilmente superados por outras emoções, como o confronto individual humano com suas próprias limitações, compreensão de seus comportamentos e escolhas, a contemplação da natureza e o colocar-se em risco controlado neste ambiente.
Para os eventos, inicialmente são feitosestudos de público e análise da áreadisponível para as atividades e troca de modalidades.Sempre tentando viabilizar desta formauma maior variedade de atividades para os praticantes, desde orientação até mesmo técnicas verticais.
Estes eventos, segundo diretores de escolas, estão sendo bem aceitos pelos alunos, contribuindo para o aumento de sua autoestima, autoconfiança e confiança no próximo, sem falar no estreitamento dos laços entre alunos e professores.
Acreditamos que com esse tipo de atitude o esporte será melhordivulgado, deixando de lado o “Bicho Papão” que existe em frente aos esportes de aventura e, o que é mais importante, levar para dentro da escola, junto às crianças, experiências até então inusitadas, objetivando desenvolver características fundamentais para o ser humanos que aos poucos estão se perdendo diante a sociedade.
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