Fotos: Mario Nery
Dias 31 de agosto e 01 de setembro de 2013 aconteceu nas areias da praia de Copacabana o Rocky Spirit, festival de filmes outdoor que está em sua terceira edição anual, e que este ano teve sua primeira montagem no Rio de Janeiro. Em São Paulo o festival já acontece há 3 anos no parque do Ibirapuera, reunindo uma boa quantidade de pessoas a cada edição. Este ano a edição paulista do evento reuniu cerca de 2 mil pessoas em frente ao telão montado no Ibirapuera.
A primeira edição carioca do evento também não fez feio e levou um bom público para assistir as seções de filmes nacionais e internacionais. Os filmes estrangeiros vieram do festival de Telluride, nos Estados Unidos, um dos principais festivais de filmes outdoor do mundo. E quem pensa que o cinema nacional fez feio frente aos filmes lá de fora se enganou! Títulos como “Entrelinhas” e “De volta a Teahuppo” deram um show a parte.
Um diferencial do festival – além do fato de ser realizado ao ar live e de graça – são os intervalos com shows ao vivo e as entrevistas com diretores e participantes de algumas produções. No quesito show a banda “Sandálias Surf Band” merece destaque e colocou muita gente pra dançar ao som dos clássicos da surf music mundial (na noite de domingo). Já nas entrevistas eu destacaria a participação da equipe do filme “De Volta a Teahupoo” (sábado) e também do “Entrelinhas” (domingo) – ambos nacionais.
Antes de começar a falar mais dos filmes eu vou deixar um vídeo da Sandálias Surf Band pra vocês curtirem enquanto vão lendo, assim o clima de Rocky Spirit fica melhor! O vídeo não foi gravado lá, mas a linha do som foi essa.
Noite de Sábado – 31/08
Não cheguei no início da apresentação das 19h, me atrasei um pouco e perdi um filme que os amigos me disseram que foi bem legal, trata-se do “A New Perspective”, que já que eu não tive a chance de ver pelo menos conferi um trailer no Youtube:
Daí em diante o festival jogou na telona um filme melhor que o outro, “Cascada” veio jogando um balde de água na galera mostrando kayakers descendo cachoeiras na Venezuela, até com pranchas de SUP. Imagens incríveis! Abaixo você confere o curta na íntegra!
Depois foi a vez de “Je Veux”. Um curta francês que leva o nome de uma música da cantora ZAZ. O filme fala da vontade dela em tocar a faixa no alto do Mont Blanc, junto com outros músicos e incluindo um chello… Mas nada de helicóptero para levar tudo até lá em cima, eles decidiram chegar ao topo do Mont Blanc escalando a montanha.
E depois da cantora montanhista fomos de “Libertadores”, produção nacional que falava de escaladas em Minas Gerais.
No intervalo Show com a banda da Dora Vergueiro e um tempo para comprar alguma coisa pra comer ou beber. Os quiosques próximos e os banheiros químicos facilitavam o conforto, bem como o pessoal que alugava as cadeiras de praia.
Na sessão das 21 horas o negócio ficou sério, dos 5 filmes exibidos 4 era excelentes.
“Honnold 3.0” fala do famoso escalador solo Alex Honnold e da escalada em menos de 24 horas de três dos mais famosos bigwalls do mundo, El Captain, The Nose e Half Dome. Um show de disposição e técnica, escalando noite a dentro e dormindo nos deslocamentos entre as montanhas. Um show de escalada free solo, ou seja, sem cordas!
Bike e o quanto a bike afeta o estilo de vida de algumas pessoas, essa é a mensagem de “Two Wheels Good”, um filme para quem curte bicicleta e tem ela como meio de transporte, esporte e estilo de vida. Confira um trailer curtinho desse filme que mostra a bike na vida de pessoas.
Continuando na temática da bike e ainda contando histórias antigas, mas desta vez refazendo as histórias. “The Sea of Rock” em um primeiro momento o título poderia lembrar um filme de escalada, mas o curta é um dos melhores filmes de mountain bike que eu já tive a chance de assistir, achei ele na íntegra no Vimeo e vou colocar aqui para quem não teve a chance de ver.
SEA OF ROCK from infinite trails on Vimeo.
“De volta a Teahupoo” para fechar a noite (ou quase, já que tinha ainda um filme da sessão coruja). O filme nacional conta a história da big rider Maya Gabeira, que se acidentou em Teahupoo depois de cair de uma onda e ficar presa embaixo d’água entre os corais e a sequência de 5 ondas que quebravam sobre ela e não a deixavam ser resgatada. Mesmo depois do acidente Maya não desistiu de surfar aquelas ondas, e a sua volta lá rendeu este curta incrível. Fiquem com um trailer:
Pra fechar a noite rolou uma sessão coruja que eu infelizmente não pude ficar para assistir por causa do horário. O filme exibido foi “Nordfor Sola” que mostrava cenas da Aurora Boreal. Achei um pequeno trailer dele no YouTube e dou compartilhar aqui com vocês:
Amanhã eu posto a segunda noite do Rocky Spirit, com filmes igualmente bons!
Até lá, hasta!