Segunda Guerra Mundial: Esse é um tema que deixa muitas pessoas intrigadas, mas em mim, sempre causou muita curiosidade e um fascínio inexplicável! As histórias e mistérios que envolvem o assunto sempre geraram muita dedicação e uma busca incontrolável por informações.
Em julho de 2011 eu tive a oportunidade de conhecer um Campo de Concentração. Uma experiência que eu jamais esquecerei, pois não se tratava de livros, filmes ou relatos… Era real! Pude ver e sentir um pouco do que era aquele lugar.
Estávamos hospedados num hostel situado no centro de Berlin, na região do Zoo. Caminhamos alguns metros até a estação mais próxima, onde pegamos o trem até o nosso destino. A viagem foi muito tranquila e não demorou muito. Após desembarcar, seguimos algumas placas indicativas e caminhamos cerca de 20 minutos até chegar ao Memorial.

O Trabalho Liberta o Homem
Sachsenhausen está localizado ao norte da capital Berlin e é aberto ao público com um Museu e um Memorial. Algumas das suas estruturas originais foram preservadas e restauradas, porém outras tiveram que ser reconstruídas. A entrada é gratuita, mas o áudio guia custa apenas 3€ e vale a pena, pois ele contém informações importantíssimas e explica um pouco de cada ponto a ser visitado.

A entrada do campo, onde tudo começava
Você vai encontrar paredes repletas de fotos, documentos, objetos e relatos de muitos dos que passaram por aquele lugar. O que mais me chamou atenção foram os desenhos de frutas e legumes “sorrindo”, encontrados nas paredes do refeitório. Nesse campo, a maioria dos prisioneiros foi encarcerados por causa das suas crenças políticas, além de homossexuais, estrangeiros, ciganos e artistas. O mínimo de judeus que chegara até lá, era transferido para outros campos.

Réplica dos barracões
Só de escrever esse relato os meus olhos se enchem de lágrimas. Lembro que em alguns momentos eu parava e ficava observando tudo aquilo… Imaginando a humilhação, constrangimento e a dor que eles haviam sentido. Famílias inteiras separadas pela crueldade. Castigados covardemente sem ter a chance de uma defesa… Tiveram as suas roupas arrancadas, cabelos raspados e os seus corpos marcados pela violência que se repetiam todos os dias, enquanto viam a morte ao lado.
Ninguém conseguiu sair vivo. Muitos tentaram fugir, mas a vigilância era rigorosa e quando os guardas percebiam a tentativa de fuga, eles eram fuzilados imediatamente. Alguns deles jogavam-se contra as cercas elétricas e morriam eletrocutados.
É difícil explicar a sensação de estar em um lugar como esse. Mas eu garanto que qualquer ser humano, por mais insensível que seja não consegue sair do mesmo modo que entrou. Cada pedaço daquele lugar nos leva a uma reflexão profunda.

Beliches onde cada preso tinha direito a um pequeno espaço de 70 cm
Informações úteis:
Sachsenhausen Memorial e Museu
Strasse der Nationen 22, Oranienburg, Brandenburg – Alemanha
D-16515 Oranienburg
Tel. +49 (0)3301-200-0
E-mail: [email protected]
– Funciona diariamente das 8:30h às 18:00h (entrada gratuita)
– Visitas Guiadas: Custam entre 15€ e 25€
– Como chegar de train (a partir do centro de Berlin):
S1 (S.Bahn Wannsee para Oranienburg) a viagem leva em torno de 45min.
RE5 (Regionalbahn5 – Berlin-Hauptbahnhof para Stralsund/Rostock leva 25min.
RB12 (Regionalbahn 12 – Berlin-Lichtenberg para Templin leva 25min.
Obs.: Para o Berlin – Hauptbahnhof precisa de um bilhete ABC, e Berlin- Lichtenberg precisa de um BC.