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Huayhuash

VIDEO –  http://vimeo.com/70476920

Huayhuash é uma cordilheira situada na cordilheira dos Andes, ao norte do Peru, entre os estados de Lima, Huánuco e Ancash. Sua extensão de norte a sul é de 32 km e de leste a oeste, de 15 km.

Cordilheira Huayhuash

Cordilheira Huayhuash

Huayhuash tem dois significados em Quéchua, “A casa ao longe” de Huay – casa, e Huasha – ao longe, mas alguns estudiosos da língua afirmam que vem da palavra Huehuash que significa comadreja, um pequeno mamífero encontrado nos Andes da família dos Mustelídeos, espécie Mustela frenata.

Lá se encontram seis montanhas com mais de 6000m e outras 15 com até 5400m; entre as montanhas com mais de 6000m se destacam o Nevado Yerupajá (Branco Amanhecer em Quéchua) com 6617m (a segunda montanha mais alta do Peru, atrás apenas do Nevado Huascarán, localizado na vizinha Cordilheira Branca, com 6646m), o Siula Grande (montanha que se tornou mais conhecida com o livro e filme “Tocando o Vazio” de Joe Simpson) com 6344m, e o Nevado Jirishanca (Pico do Colibri de Gelo em Quéchua) com 6094m, considerado o “Matterhorn” dos Andes por seu clássico e belo formato triangular.

Além das montanhas, em Huayhuash encontram-se dezenas de lagoas glaciais como as de Carhuacocha (uma das mais bonitas pela fantástica vista dos picos citados acima), Jahuacocha e Sarapococha (em suas proximidades, montaram acampamento Joe Simpson e Simon Yates para a escalada da face oeste do Siula Grande).

Jahuacocha

Jahuacocha

Praticamente todas as lagoas da região contam com a palavra “Cocha” no nome, que em Quéchua significa laguna, assim como alguns picos (em sua maioria os localizados na vizinha Cordilheira Branca) contam com a palavra “Raju” que em Quéchua significa montanha nevada.

Sua travessia é considerada umas das mais bonitas do mundo, perfazendo de 140 a 180 km de caminhada conforme a rota escolhida. Completá-la pode levar de 10 a 14 dias.

Pode-se fazer esse circuito sozinho, mas a opção mais recomendada é a de contratar os serviços de uma agência em Huaraz, cidade base para se conhecer os atrativos da região. As agências cuidam de toda estrutura necessária: transporte, guias, cozinheiro, arrieros e burros que levarão toda carga pesada (comida, barracas, etc), até o limite de carga de 10 a 15 kg por pessoa.

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Várias agências podem ser encontradas pela rua principal da cidade, porém nem todas são confiáveis. Indico para quem deseja fazer o circuito os serviços do guia Scheler Torres Agama, excelente profissional e profundo conhecedor das montanhas peruanas e suas peculiaridades, como os aspectos da flora, fauna, geologia, cultura e história.

http://www.schelerhuayhuashtrek.com/

É fundamental que se faça uma boa aclimatação, principalmente aqueles que não estiverem familiarizados com a altitude. Chegar de quatro a cinco dias antes e fazer caminhadas/passeios a altitudes mais elevadas – Huaraz está a 3100m – ajudarão no processo de aclimatação.

Algumas caminhadas recomendadas:

1º dia, Llanganuco (região do poço profundo de degelo em Quéchua) a 3850m, onde se localizam duas belas lagoas: Orconcocha (“Laguna macho”) e Chinancocha (“Laguna fêmea”). Às margens dessas lagoas encontra-se um bonito bosque de uma árvore andina típica chamada Queñua (Polylepis rugulosa, http://en.wikipedia.org/wiki/Polylepis), espécie que se tornou vulnerável pela destruição do habitat.

Queñua

Orconcocha e Chinancocha ficam aos pés de vários Nevados (entre parênteses o respectivo significado dos nomes em Quéchua):

Huascarán – 6646m – (“Cadeia de montanhas”). Existem várias lendas acerca da origem do nome Huascarán, a mais conhecida é a do Imperador Inca Huayna Capac que ao passar por Yungay deu o nome de seu primeiro filho, Huascar, a mais alta e bela montanha, com isso Huascarán também significa “A montanha de Huascar”

Huandoy ou Tullparaju – 6395m – (“Montanha nevada em forma de forno”)

Pisco – 5760m – Do Quéchua Pishqo ou Pisqo, significando o pássaro. Nome dado pelos campesinos de Yungay pelo grande número de pássaros (chamados de Pishqokuna) encontrados nas suas proximidades. Se popularizou com o nome de Pisco devido aos primeiros montanhistas – C. Kogan, G. Kogan, R.Leininger e M. Lenoir – que chegaram ao cume em 1951, terem comemorado com essa tipica bebida peruana, Pisco sour

Chacraraju – 6108m – (o nome correto é Shapraraju, que significa “montanha nevada barbuda”, mas devido a um erro na pronúncia por parte dos montanhistas é popularmente conhecido como Chacraraju)

Yanapaccha – 5460m – (“Cachoeira do morro negro”)

Chopicalqui – 6345m – (“que está localizado no centro”, em referência à sua localização entre as montanhas de Huascarán e Contrahierbas)

nevados Huascarán, Huandoy, Pisco e Shapraraju

A esse local se chega de carro. É bem turístico, sendo visitado diariamente por excursões provenientes de Huaraz, mas ainda assim proporciona uma boa iniciação às altitudes mais elevadas.

No retorno das lagoas, as excursões visitam o Campo Santo de Yungay, cidade que foi completamente destruída no terremoto de 31 de maio de 1970 (com 7.8º na escala Richter). Dessa catástrofe sobreviveram 400 pessoas: noventa e duas, a maioria crianças que retornavam de um espetáculo circense e que estavam no cemitério localizado em uma colina em um ponto mais alto da cidade, e cerca de 300 que estavam em um estádio de futebol.

O terremoto de 45 segundos causou o desprendimento de um bloco de gelo de 1.5km de largura na parede norte do Nevado Huascarán que, ao cair nas lagoas glaciais em sua base, causou uma avalanche com estimados 50 milhões de m³ de rocha e lama. Todo esse material viajou por 16 km a uma velocidade média de 280 km/h, soterrando a cidade em 12 metros de escombros. Em apenas 4 minutos morreram 22000 pessoas.

Campo Santo de Yungay (a igreja a esquerda é uma réplica, a original foi destruída pelo terremoto), ao fundo o Nevado Huascarán

2º dia, Laguna Churup a 4450m, uma bela caminhada perfazendo 12 km (ida e volta) com 600m de desnível. Fácil em sua parte inicial, íngreme no final, com cabos de aço para a transposição dos trechos mais inclinados (é bom ressaltar que não estão em bom estado de manutenção e as farpas podem causar alguns cortes). Evite essa caminhada caso tenha chovido, pois a trilha, em sua parte final, segue ao lado de uma cachoeira. No topo é necessário ultrapassá-la, e com as rochas escorregadias o risco de acidentes é maior.

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Laguna e Nevado Churup

Se houver tempo e disposição, vale continuar a caminhada por mais uma hora até a Laguna Churupita, localizada na base do Nevado Churup, de 5450m.

3ª dia, Glaciar do Nevado Pastoruri (“Pampa ao fundo” ou “Pasto Adentro” em Quechua) a 5000m, uma leve caminhada de 2 km com pequena inclinação. Este é o glaciar de mais fácil acesso na Cordilheira Branca, e conseqüentemente bastante turístico. Infelizmente o lixo deixado pelos turistas no passado trouxe sérios problemas ambientais ao que hoje é a montanha mais emblemática do Peru no que se refere ao degelo (em poucos anos o glaciar recuou alguns quilômetros tornando-se uma sombra do que era anteriormente). De qualquer forma, vale a visita pelo contato com o gelo do paredão do glaciar – evitando chegar muito próximo em alguns pontos pelo alto risco de desmoronamento – e pela altitude, a mesma de dois dos Pasos de Huayhuash.

Desmoronamento no Glaciar Pastoruri

Desmoronamento no Glaciar Pastoruri

4º dia, Laguna 69 a 4620m (não tem nenhum nome conhecido em Quéchua, o nome 69 se deve a ter sido a 69ª lagoa a ser catalogada no Parque Nacional Huascarán pela UNESCO para o parque se tornar Patrimônio Natural da Humanidade), localizada aos pés dos nevados Shapraraju ou Chacraraju (6108m) e Pisco (5760m). A caminhada, comparada às anteriores, é mais forte: são 16 km entre ida e volta, com 750m de desnível. Esta laguna é considerada uma das mais bonitas da região, com suas águas de intensa tonalidade azul turquesa.

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Essas caminhadas irão ajudar bastante no processo de aclimatação em Huayhuash, onde todos os acampamentos estão localizados a mais de 4100m (o mais alto a 4500m), com duas passagens de mais de 5000m.

Acampamento Laguna Carhuacocha, 4100m

Acampamento Laguna Carhuacocha, 4100m

A travessia

Por dia se caminham de 10 a 15 km (feitos em 5 a 8 horas), com desníveis de 500 a 800m. É uma travessia exigente, que necessita de uma boa preparação para ser percorrida de forma mais agradável e segura. É importante lembrar que se ocorrer qualquer problema durante o circuito (como o Soroche – mal da montanha, causado por uma má aclimatação à altitude), o resgate é feito a cavalo e pode levar até três dias.

A melhor época para sua realização vai de maio a setembro, sendo os melhores meses junho e julho pelo clima mais frio e seco do inverno. A temperatura média durante o dia varia entre 10°C e 23°C e durante a noite entre 0°C e –10°C, com maior possibilidade de neve nos pontos mais elevados (a linha de neve é encontrada aproximadamente a 4800m).

Yerupajá, 6617m

Yerupajá, 6617m

Algumas dicas:

Leve dinheiro trocado, pois Huayhuash é uma Zona Protegida, que conta com algumas comunidades onde são feitos os acampamentos e onde se cobra um pedágio para a passagem. As taxas para a travessia completa somam 205 Nuevos Soles, aproximadamente 80 dólares em valores atuais.

http://montanismo.org/2013/cordillera-huayhuash-nuevo-cobro-para-los-trekkings/

Todos os acampamentos contam com banheiro (normalmente dois), alguns bons com vaso sanitário e pia, outros com um simples buraco no chão cercado por tapumes. Tenha muita atenção com a manutenção da limpeza ao usá-los. Ninguém gosta de chegar ao banheiro e encontrar fezes e urina por todos os lugares, exceto os adequados a seu descarte.

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Banheiro do acampamento Cuartelhuain

Cuide do lixo. As agências sérias recolhem o lixo dos grupos por elas contratados, mas mesmo assim, alguns grupos independentes ou agências amadoras não o fazem, deixando um mar de lixo nos acampamentos, principalmente nos de mais fácil acesso e/ou nos que contam com um atrativo especial como as piscinas termais de Atuscancha em Viconga.

Recolha todo o lixo produzido durante a travessia, inclusive o orgânico, depositando-o nos sacos deixados próximos às barracas de cozinha e onde são servidas as refeições. Esse lixo será descartado na cidade, evitando a degradação do ambiente pelo descarte inadequado que, infelizmente, ainda ocorre atualmente por falta de consciência de algumas pessoas.

Lixo no acampamento Cuartelhuain nas margens do rio Janca

Lixo no acampamento Cuartelhuain nas margens do rio Janca

Nos acampamentos guarde todos os seus pertences (botas, bastões, etc.) dentro da barraca (não no avanço, mas dentro), principalmente à noite. Infelizmente ocorrem na região casos de furtos de botas, entre outros objetos. Não há violência por parte dos ladrões, que simplesmente se aproveitam da noite para furtivamente procurar no avanço das barracas alguma coisa de valor. Esta é a recomendação do guia para todos os acampamentos.

Nos primeiros dias de caminhada, recomendo o uso de polainas. Esses dias são mais úmidos que os demais, por trilhas bem enlameadas e com fezes dos cavalos, burros e gado dos campesinos que habitam a região. O uso de polainas protege a parte inferior das calças dessa mistura, além de evitar que a lama entre pelo cano das botas nas poças mais profundas.

Para os que desejam uma experiência de cume, a montanha mais acessível, com 5350m, é o Nevado Diablo Mudo (nome pelo qual é mais conhecido, significando “montanha que é um diabo que te deixa mudo” pela longa aproximação) ou Raju Collota (“Pedra redonda de gelo” em Quéchua).

Pode-se chegar a seu cume em uma caminhada que se inicia às 3 horas da manhã, com 9 a 12 horas de duração e um trecho de rapel de 30m. Boa preparação física e mental e boa aclimatação são fundamentais para a sua realização. Apesar de tecnicamente não ser das mais exigentes, a ascensão é longa e pode ser bem difícil sem a devida preparação. É necessário equipamento especifico para a sua ascensão (crampons, botas plásticas, piolets, cadeirinha, mosquetões, corda) que pode ser alugado em Huaraz.

Observe que, no caso da travessia, o equipamento será alugado pelo tempo de duração desta, mesmo sendo utilizado por apenas um dia para se alcançar o cume. Portanto, numa travessia de 10 dias se paga pelos 10 dias, usando efetivamente por um. O preço médio do aluguel por 10 dias totaliza cerca de 120 dólares, mais 50 dólares do guia.

Face oeste do Nevado Diablo Mudo

Face oeste do Nevado Diablo Mudo

Dependendo da rota escolhida, podem ser visitados dois vilarejos: Pocpa (o ponto de inicio e fim da travessia no roteiro escolhido por mim) e Huayllapa. Ruas estreitas e casas de adobe com portas e janelas de madeira são algumas das características marcantes destes locais, que podem render boas fotos. As pessoas, principalmente os adultos, não gostam de ser fotografados. Existem exceções, mas é importante ter atenção e sempre respeitar a privacidade alheia, evitando fazer fotos mesmo que à distância, com teleobjetivas. Fotos de pessoas têm maior significado quando existe confiança, cumplicidade e respeito, conquistadas com o convívio. Se conseguir a aprovação para fotografar, mostre as pessoas sempre com dignidade. Caso não consiga se aproximar delas para obter sua colaboração, guarde as imagens na memória como boas lembranças de uma cultura muito rica que teve o grande prazer de vivenciar.

Vilarejo de Pocpa

Vilarejo de Pocpa

Para os fotógrafos de paisagens, os locais onde se descortinam bonitas vistas são:

Laguna Carhuacocha – 4100m
Laguna Jahuacocha – 4100m
Laguna Sarapococha – 4350m
Paso Cuyoc – 5000m
Paso Yaucha – 4850m
Paso Santa Rosa – 5100m
Paso Santo Antonio – 5050m
Paso Siula – 4850m

Entre outros tantos de rara beleza, esses são os que oferecem as vistas panorâmicas mais características da cordilheira. Porém, outros locais que não estão nos cartões postais contam com suas particularidades, como:

Rios serpenteando em extensos campos floridos com montanhas nevadas ao fundo; (Flora onde a espécie mais abundante é a Lupinus mutabilis (conhecida nos Andes como Tarwi ou Chocho); espécies do gênero Lupines são encontradas também nos Campos de Altitude do Planalto de Itatiaia, RJ/MG.

Lupinus mutabilis – Andes
http://photo.net/photodb/photo?photo_id=17435753

Lupinus gilbertianus – Itatiaia
http://photo.net/photodb/photo?photo_id=16583042

Itatiaia que é um capítulo a parte no estudo das montanhas brasileiras por, entre outros fatores, contar com muitas espécies andinas na composição de sua flora de altitude;

Cachoeiras de águas caudalosas e cristalinas alimentadas pelo degelo dos glaciares, esses grandiosos rios de gelo avançando lentamente pelas encostas das montanhas escrevendo a cada dia mais uma linha no fascinante Livro da Terra;

Puscanturpa

Puscanturpa

Cânions com paredes erguendo-se a centenas de metros que se afunilam em vales estreitos, nesses vales suas vertiginosas paredes se alargam vagarosamente descortinando amplos horizontes que despertam a vontade de exploração que todos os irrequietos viajantes possuem, a estimulante curiosidade que nos instiga a descobrir o que tem do outro lado da montanha;

Cânion e ao fundo a cordilheira Raura

Cânion e ao fundo a cordilheira Raura

Inúmeras lagoas com águas das mais variadas cores (azuis, verdes, vermelhas, cinzas, marrons, negras) espelhando as dramáticas montanhas ao seu redor;

Laguna Sarapococha, em suas proximidades montaram acampamento Joe Simpson e Simon Yates para a escalada da face oeste do Siula Grande

Laguna Sarapococha, em suas proximidades, montaram acampamento Joe Simpson e Simon Yates para a escalada da face oeste do Siula Grande

Vales glaciais em forma de U onde são visíveis as marcas (lagos, morainas ou morenas, blocos erráticos, estrias glaciais) de antigas geleiras em um passado remoto;

Morena na Laguna Siulacocha

Casas e muros de pedra (que remetem ao povoado dos Hobbits do filme Senhor dos Anéis) em vilarejos onde a cultura andina ainda está presente e enraizada nos costumes dos seus habitantes;

Moradias Campesinas

Encostas das montanhas cultivadas como bordados, são as Andenes ou Terrazas (quando não incluem um sistema hidráulico), um conjunto de terraços construídos seguindo as curvas das montanhas para, entre outras funções, o cultivo de milho (35 variedades) e batata (2300 variedades);

Terraza em Chiquian

Terraza em Chiquian

Enfim, uma diversidade de paisagens encantadoras desse lugar que é considerado o Himalaia dos Andes.

Portachuelo de Huayhuash ou Araraj

Portachuelo de Huayhuash ou Araraj

Por fim…

Acorde cedo e curta o nascer do sol, caminhe devagar, observe, sinta, VIVA o lugar ao invés de somente passar por ele

Respeite seu corpo e ritmo

Aprecie a noite – em Huayhuash não há nenhuma grande cidade próxima nos afastando da escuridão da noite, esvaziando o céu de suas estrelas e apagando o luar

Desfrute de cada momento, não se leve tão a sério e dê valor às pequenas coisas, às pequenas alegrias vivenciadas dia a dia

Alegre-se com o que a natureza oferece, e não se frustre caso ela não se apresente como você imaginava. Cada faceta da natureza é maravilhosa e tem sua importância. Todos os dias ela dá um espetáculo – surpreenda-se com ele

Não desista com as dificuldades: elas acontecem para nos deixar mais fortes

Seja simples, respeite as tradições; seja um viajante que viaja com paixão, com o coração e mente abertos para novas experiências

No fim, é isso que levamos conosco, e também o que mais importa em uma viagem: as experiências, sempre enriquecedoras para quem, como dizia Fernando Pessoa, não têm a alma pequena.

Agradecimentos aos amigos que fizeram parte de mais um capítulo da minha história: o guia Scheler Torres Agama, a cozinheira e guia Cristina Dámazo, os sempre prestativos arrieiros Percy e Galindo, aos caminhantes das montanhas Jean Marc Cressier, Jorge Valle Del Carpio, Neemias Santos da Rosa, Walter Arteaga, Sayda Huaranca, Viviana Tipiani, e aos não menos importantes bravos burros que tornam os caminhos de quem vivencia as montanhas andinas muito mais fáceis.

Eu,  Jean Marc,  Scheler,  Sayda,  Neemias,  Jorge e Walter

Eu, Jean Marc, Scheler, Sayda, Neemias, Jorge e Walter

A todos deixo o meu muito obrigado.

Mais fotos de Huayhuash podem ser vistas em:
http://www.photo.net/photodb/folder?folder_id=1055279

 

Flávio Varricchio
http://photo.net/photos/FlavioVarricchio
http://www.flickr.com/photos/flavio_varricchio/

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7 Comentários em "Huayhuash"

  1. Olá Flávio!

    Grande e magnífica caminhada. Este lugar é singular em beleza. Espero um dia fazer este percurso e viver momentos parecidos. Belas fotos e ótimo o seu relato.
    Abraço e bons ventos!

  2. Olá Getúlio,
    Sem dúvida um lugar singular em beleza que com certeza voltarei para reviver mais bons momentos fazendo o que mais gosto que é estar na natureza, especialmente nas montanhas.
    Nos vemos por lá.
    Bons ventos.

  3. hola le invitamos visitar la cordillera blanca áreas de caminatas y montañismo en los andes peruanos. disfruta tus vacaciones con las mejores empresa del peru con buenos servicios , comidas frescas buenas carpas personales.

  4. Flávio!
    Fiz também com o Scheller em julho de 2012 e adorei. Sem dúvidas uma das travessias mais lindas que já fiz. A gente consegue se superar em físico e psicologicamente. Faria novamente se não houvesse tantos outros lugares tão mágicos no mundo ainda por explorar…
    Bjs

  5. oi Carla

    Sem dúvida um belo lugar que exige uma boa preparação para ser vivenciado em sua plenitude.

    Eu já gosto de retornar aos lugares que me marcaram de alguma forma, em Huayhuash eu retornaria para fazer outras travessias como a alpina, assim como a alguns lugares que mais me impressionaram, que foram a Laguna Carhuacocha e o trecho entre Huayllapa e a Laguna Sarapococha.

    Em uma entrevista após a travessia a remo da África para o Brasil, Amyr Klink ao ser perguntado se a faria novamente respondeu que a vida é muito curta para revisitar os mesmos lugares, alguns anos depois em ocasião da sua 1ª viagem a Antártida, mudou de ideia retornando várias vezes ao continente gelado, cada visita com um propósito diferente, mas retornando.

    Assim como ele eu gosto de retornar aos lugares, acredito que viagens devem resultar sempre na vivência de experiências e experiências valiosas só podem ser alcançadas em ambientes a que nos ligam laços espirituais, como foi o caso de Huayhuash onde criaram vida paisagens que até então só existiam no meu imaginário.

  6. joao pedro disse:

    gostaria somente, de saber quanto mais ou menos gasta para fazer uma viajem dessas em reais ?? e os preços de roupas para montanhas e mais barato na bolivia ? pretendo fazer uma viajem pela bolivia para as montanhas .
    abraço

  7. passagem aérea para lima saindo do rio em promoção por volta de 500 reais, sem promoção 1000/1200, ônibus lima x huaraz entre 30 e 100 reais cada trecho, depende do tipo de ônibus, hospedagem em huaraz em hostel 30 a 40 reais em quarto privativo, alimentação restaurantes típicos de 5 a 10 reais por refeição, roupas de montanha em huaraz fora algumas pequenas lojas que trabalham com originais e que são bem caras, o que se encontra são várias lojas que trabalham com produtos falsificados, especialmente jaquetas de pluma (de galinha), que possuem muito bom acabamento, entre 150 e 200 reais, sendo que todas pelo que me que informou o guia, vem da bolivia, onde são encontradas por menos de 100 reais.

    excursão de 10 dias em huayhuash com tudo incluído sai 600 dólares, negociável com vc levando sua barraca, pedindo algum desconto a mais que sempre rola, pagamento faz em huaraz, eliminando as altas taxas de transferências bancárias ao exterior, passeios de aclimatação como llanganuco, pastoruri, laguna 69, entre 20 e 60 dólares.

    agência recomendo a do scheler, citada no relato, excelente profissional.

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